A dragagem de aprofundamento do canal de navegação do Porto
de Santos será concluída em julho próximo, dois meses antes
da data prevista pela Secretaria de Portos (SEP). A informação
é do presidente da DTA Engenharia, uma das empresas que integram
o consórcio Draga Brasil (responsável pela obra), João Acácio
Gomes.
Hoje, 35% do trecho 4 já estão com 15 metros de profundidade. O
trecho compreende a região entre a Alemoa e o Paquetá e é o
último a ser dragado. Nos trechos 1, 2 e 3 (que vão do Paquetá
até a barra), exceto nas proximidades das rochas de Teffé e
Itapema, o canal já apresenta 15 metros de profundidade. Somados,
eles têm 19 quilômetros de extensão.
“Do volume de 5,7 milhões de metros cúbicos (de sedimentos), nós
já conseguimos retirar cerca de 2 milhões de metros cúbicos. Com
esse ritmo, vamos acelerar a entrega da obra em dois meses”,
afirmou Acácio.
Na dragagem do trecho 4, dois dos três equipamentos disponíveis
atuam na remoção dos sedimentos. Eles são as dragas Hang Jun 5001
e a Xin Hai Hu. Uma terceira draga, a Hang Jun 3001, foi trazida
do Porto de Cabedelo (PB), mas ainda não foi usada.
Gomes informou que a 3001 é uma draga reserva e só será usada, se
uma das duas não puder atuar no trecho. “Não vamos queimar óleo
diesel e poluir o meio ambiente sem necessidade. Com duas dragas,
já estamos reduzindo o tempo da obra”, afirmou.
O executivo explicou que uma parcela de 7% do volume já retirado
é de material contaminado. De acordo com as normas ambientais, o
descarte desta porção deve ser feito em bota fora marítimo
diferenciado, localizado a pelo menos 10 milhas da entrada do
Porto. O local deve ser licenciado pelo Ibama e pela Marinha.
Após a conclusão da dragagem dos quatro trechos do canal de
navegação, o Consórcio Draga Brasil vai atuar na remoção de 7,5
milhões de metros cúbicos de sedimentos, volume previsto para ser
retirado do canal nos próximos dois anos, a fim de manter os 15m
de profundidade no período.
OBSTÁCULOS
Para que toda a via de navegação do Porto passe dos 12 para 15m
de profundidade e dos 150 para 220 metros de largura, ainda são
necessários dois procedimentos. Um deles é a remoção das pedras
de Tefeé e Itapema, que dificultam a navegação pois estão em
locais que diminuem a largura do canal. O outro é a retirada dos
destroços do navio Ais Giorgis, que naufragou no Porto há 31 anos.
A Pedra de Tefeé fica entre o Terminal de Passageiros Giusfredo
Santini e os silos do Armazém 26, a 12,5 metros de profundidade. A
outra, a de Itapema, está a dez metros de profundidade, na direção
do Armazém 12, próxima do Forte de Itapema, em Vicente de Carvalho.
De acordo com a SEP, a obra de derrocagem (retirada das pedras)
começará em julho e custará R$ 25,5 milhões. O prazo para a execução
da obra é de aproximadamente quatro meses.
Para a retirada dos destroços do Ais Giorgis, a Codesp abriu
licitação no último dia 5. A abertura das propostas será realizada
no próximo dia 12, na sede da empresa.
Fonte: A Tribuna
Foto: Rafael Ferreira Viva
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