Apesar do comércio local e dos proprietários de restaurantes
serem
contrários a Capitania dos Portos decidiu acolher um
pedido dos pescadores e
ambientalistas e alterou a legislação
que permitia a parada de até quatro
navios de cruzeiros de uma
só vez no litoral de Búzios. A partir da próxima
temporada ficam
limitados a dois os pontos de fundeio de cruzeiros em
Búzios, um
dos principais locais de escala dos minicruzeiros durante a
estação.
A alteração já havia sido destacada para A Tribuna pelo
presidente
da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar),
Ricardo
Amaral, durante balanço da última temporada e perspectivas
para a estação 2011/
2012. Na ocasião, ele mencionou que a Abremar
havia feito estudos, em parceria
com algumas entidades locais, e
detectado que o fundo da baía de Búzios é
totalmente de lodo. Caso
contrário, nenhum navio pararia lá. "Temos uma
preocupação extrema
com o meio ambiente. Se a gente não cuidar do mar, o nosso
negócio
não acontece no futuro. Nós não faríamos algo que tivesse impacto
ambiental nesse sentido", afirmou.
Os locais de
embarque e desembarque ficarão posicionados a mais de
500 metros de áreas de
grande interesse ecológico. Além disso, as
embarcações passarão a usar bóias de
amarração para evitar o
problema do arrasto de âncoras, que causavam danos no
leito marinho
e a morte de peixes e crustáceos, prejudicando a pesca
local. A decisão
foi tomada após investigação do
Ministério Público Federal e queixas
de pescadores sobre a grande
quantidade de cruzeiros que aportam em
Búzios. As hélices e âncoras dos navios,
segundo os pescadores,
geraram crateras no fundo do mar. A Capitania dos Portos
baseou-se
num estudo técnico dos impactos ambientais dos navios, realizado
pela
prefeitura em parceria com a Universidade Federal Fluminense
(UFF), o Museu
Nacional e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Fonte: A Tribuna
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