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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Petrobras aluga quatro Suezmax a diárias de cerca de US$ 21 mil

Navio Silia T em operação de descarga no Tebar (São Sebastião)

Foi divulgado que a Petrobrás alugou ao menos quatro suezmax
pelo período de três anos, a diárias de US$ 20.500 a US$ 21 mil,
valores bem acima da média paga pelo tipo de embarcação no
mercado atual, segundo a Lloyd's List.

Entre os navios está incluído o "Silia T" construído em 2002, com
164,286 dwt (deatweight tonnage), que segundo a corretora grega
Optima, foi reservada pela Petrobrás por três anos, com possibilidade
de extensão, a uma diária de US$ 21 mil. A proprietária do navio é a
Tsakos Energy Navigation, também da Grécia, de acordo com a
Lloyd's List Inteligence.

Apesar de estar acima das taxas de mercado dos suezmax nas duas
rotas do índice da Baltic Exchange - combinando as rotas África
Ocidental - Costa Atlântica dos EUA e a rota Mar Negro -
Mediterrâneo, que fechou o aluguel por US$ 9.472 por dia, na
sexta-feira, os números estão razoavelmente alinhados com os
preços do mercado para contratos de três anos, que apresentam
queda desde o início deste ano.

A corretora de Londres, Clarksons, cota o fretamento por um período
de três anos, por um suezmax moderno de 150 mil dwt, em US$
21.500 a diária. Isso mostra uma queda nas taxas, em relação a
janeiro, quando eram de US$ 27 mil por dia, e de junho, que eram
de US$ 25 mil. Durante esse tempo, o mercado de suezmax tem
lutado contra o excesso de capacidade nas linhas-chave do Atlântico
e do Mediterrâneo, fazendo pressão para a queda das taxas.

Os outros navios suezmax, fretados por certo período de tempo pela
Petrobrás, são o "Archangel" da Tsakos construído em 2006, com
163.216 dwt, a US$ 31 mil por dia; o "Summit Spirit" da Teekay
Corp, construído em 2008, com 160.451 dwt, por US$ 20.500 por
dia; o "Alaska" também da Tsakos, construído em 2006, com
163.250 dwt, por US$ 20.750 por dia.

Navio Alaska (shipspotting)

A Clarksons não apresenta objeto de comparação por período
neste ano, mas em junho do ano passado, o "SCF Samotlor",
construído em 2010, com 158.070 dwt foi afretado por três anos
pela Trafigura, comerciante de commodities, chegando a um valor
de US$ 28 mil por dia.

No entanto, a Petrobrás garantiu um afretamento de três anos em
maio de 2009, do navio "Navion Norvegia" construído em 1995,
com 130.596 dwt, a US$ 23.500 por dia, preço maior do que os
antigos suezmax afretados pela petrolífera na última semana.

Os quatro afretamentos ocorrem ao mesmo tempo em que é
anunciado que a compra de três grandes petroleiros pela Petrobrás,
a um alto preço final, para utilizá-los como armazéns flutuantes
para descarga offshore, segundo informações divulgadas pela
Lloyd's List, na última semana.

Foi anunciado que os três VLCC (very large crude carrier), sem
casco duplo, construídos no início dos anos 90, foram vendidos
pela Ship Finance International, de John Fredriksen, por US$ 73
milhões.

Se a Petrobrás foi a compradora, corretores dizem que o valor
pago foi muito maior do que o normalmente é cobrado por
VLCC's, dado que navios deste tipo, com casco duplo e
construídos mais recentemente, estão sendo vendidos no mercado
de usados, no último mês por um preço menor.



Fonte: Guiamarítimo (adaptado)

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